sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Como escolher uma vara de pesca

Matéria extraída do fórum Pesca de Praia Brasil, escrita pelo nosso colega Jose Roberto Leite Carrasco


COMO ESCOLHER UMA VARA DE PESCA?
Como é um dos componentes de maior importancia de nosso equipamento, vou tentar de uma maneira simples e objetiva, demonstrar as caracteristicas importantes que podem ajudar na escolha de uma vara de pesca.
Hoje em dia os fabricantes usam diferentes matérias-primas para fabricação de varas. As ligas de carbono permitem que elas sejam cada vez mais leves e resistentes.
Os blanks mais modernos têm, na composição, tipos de carbono de alta tecnologia, denominados IM 6, IM 7, IM 8, HM, etc., que são expressões matemáticas usadas para especificar o grau de dureza do grafite. Quanto maior este número maior será o grau de rigidez, somadas aos processos de fabricação extremamente técnicos e precisos.

Começamos com as Unidades mais usadas para ajudar em nossas definições:

1’ ft (pé) = 30,48cm = 12”polegadas
1” (polegada) = 2,54cm
1 lb (libra) = 453,59gramas
1 oz (onça) = 28,35gramas

Conhecer as partes de uma vara de 3,90m com dimensões padrão.
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Vou colocar 6 características importantes para escolha de nosso equipamento.

1- Aplicação. 
2- Comprimento
3- Peso
4- Potencia
5- Resistência
6- Rigidez


1- Aplicação:
Em primeiro lugar precisamos ter certeza se vamos usar a vara com molinete ou carretilha e qual será a finalidade de nosso equipamento, pois são inúmeras as aplicações, Pesca de Praia, Costões, Embarcadas, etc., mudando totalmente suas características.
Não adianta decidir dentro da loja, pois é lá que ficamos mais perdidos ainda, pois a variedade é enorme, telescópicas, 2 ou três partes, leves, baratas e caras $$$.
Pesquise e se informe antes da decisão.

2- Comprimento:
Definida a aplicação começamos a caracterizar nosso equipamento pelo seu comprimento.
Esta característica já começa a interagir com alguns fatores importantes, arremessos longos, médios, pesca de beira, estatura do pescador, etc.
Existem muitos comprimentos já padronizados no mercado, geralmente especificados em pés e polegadas.
Ex.:
9’ 0”pés = 2,74m,
11’ 0”pés = 3,35m

3- Peso
A leveza e o conforto estão também entre as principais características, principalmente levando-se em consideração os materiais aplicados atualmente na fabricação dos blanks como: fibras de vidro, boron, epóxi, grafite, fibra de carbono, e fibras mistas de carbono e kevlar. O principio é básico, quanto mais leve for o conjunto menos cansa. Como exemplo, em um só dia de pesca de praia, pode-se arremessar em torno de 50 a 60 vezes por caniço.

4- Potência:
Podemos definir como sendo a capacidade de força que as varas suportam para trabalhar a carga de lançamento.
Geralmente as referências encontradas são do tipo Casting Weith ou Cast WT 80 – 170g. Sendo que neste caso o caniço terá seu melhor desempenho com cargas (chumbo/isca) pesando entre 80 a 170gr.
Para não se trabalhar no limite das especificações e também não arriscar pela qualidade do caniço, costuma-se adotar a média entre o mínimo e o máximo casting.
Exemplo: 80gr + 170gr = 250gr / 2 = 125gr seria o limite ideal para esse tipo de caniço.

5- Resistência:
Basicamente a resistência, corresponde à força que a vara pode suportar adotando-se sua medida em libras. De preferência a resistência da vara deve ser maior do que a resistência da linha e o peso dos peixes a serem pescados.
Tomaremos como exemplo uma vara com resistência de 8 a 14lb (3,628 a 6, 350 kg), isso equivale ao uso de linhas entre 0,27 a 0,35mm, se usarmos linhas acima da bitola 0,35mm corre o risco do caniço estourar antes do que a linha. Imagine amarrar a ponta do caniço em um ponto fixo com uma linha dentro da especificação da vara, envergando ao máximo, a linha deve se romper antes do que a vara. É no fator resistência das varas e das linhas que entramos com a regulagem de embreagem dos molinetes, garantindo a segurança do material.

Segue as classificações padronizadas de ação das varas baseadas em suas resistências:
UL - (Ultra light = Ultra leve) - Para conjuntos com peso de 1/32 a 1/4 oz (0,88 a 7,08 g) e linhas com resistência de 2 a 8 lb (0,907 a 3,628 kg).
L - (Light = Leve) - Para conjuntos com peso de 1/16 a 3/8 oz (1,77 a 10,63 g) e linhas com resistência de 4 a 10 lb (1,814 a 4,536 kg).
ML - (Medium light = Média a leve) - Para conjuntos com peso de 1/8 a 1/2 oz (3,54 a 14,17 g) e linhas com resistência de 6 a 12 lb (2,721 a 5,443 kg).
M - (Mediun = Média) - Para conjuntos com peso de 1/4 a 5/8 oz (7,08 a 17,71 g) e linhas com resistência de 8 a 14 lb (3,628 a 6,350 kg).
MH - (Mediun heavy = Média pesada) - Para conjuntos com peso de 3/8 a 1 oz (10,63 a 23,35 g) e linhas com resistência de 10 a 20 lb (4,356 a 9,072 kg).
H - (Heavy = Pesada) - Para conjuntos com peso de 1/2 a 1 e 1/2 oz (14,17 a 42,52 g) e linhas com resistência de 12 a 25 lb (5,443 a 11,340 kg).
XH - (Extra Heavy = Super pesada) - Para conjuntos com peso de 3/4 a 3 oz (21,26 a 85,05 g) e linhas com resistência de 17 a 30 lb (7,711 a 13,608 kg).

Obs.: Podem ocorrer variações conforme o fabricante .

6- Rigidez:
A rigidez indica a envergadura da vara de pescar, em função da força que é aplicada. Desta forma podemos definir se o equipamento é de ação ultra rápida, rápida, media/moderada ou lenta. Assim sendo varas de pescar com a mesma resistência podem ter diferentes ações.
Podemos também dizer que a ação de rigidez da vara de pesca diz respeito à velocidade com que o blank (corpo da vara) se recupera, ou volta à sua forma normal, quando flexionada. Está também relacionada com o tamanho e o peso das iscas que se vai usar.

Segue as ações padrão baseadas na rigidez dos caniços:
Ação Extra-Rápida (X-Fast Action): dobra o primeiro ¼ da vara, na parte da ponta.
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Ação Rápida (Fast action): dobra o primeiro 1/3 da vara
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Ação Média ou Moderada (medium action): dobra cerca de metade da vara
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Ação Lenta (slow action): dobra progressivamente a vara inteira
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Todas as Ações ao mesmo tempo em uma vara:
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Exemplos de Especificações Técnicas:
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Considerações:
Após analisar a finalidade e as características que se propõe a vara de pesca podemos partir para sua compra, não esquecendo a qualidade, pois a beleza, pinturas, cromos, podem esconder a fiel qualidade do material.
Não costumo indicar modelos específicos para quem esta começando, mas sim que o barato muitas vezes acaba saindo caro, portanto quando nos propomos a iniciar ou mesmo mudar de material, sou favorável as marcas mais tradicionais no mercado Sumax, Argus, Albatroz e as top de linha Daiwa e Shimano,
Feito isso podemos partir para o molinete ou carretilha completando um conjunto que nos proporciona confiança e boas pescarias.


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Jose Roberto Leite C a r r a s c o
<o)))><..A Pesca esta no Sangue..><(((o> 

Material para Pesca de Praia




 Matéria extraída do fórum Pesca de Praia Brasil, escrita pelo nosso colega José Roberto leite Carrasco

MATERIAL PARA PESCA DE PRAIA

INTRODUÇÃO:
Nosso maravilhoso litoral brasileiro possui 7.367km de extensão, com inúmeras praias, falésias, mangues, dunas, recifes, baías, restingas etc., enfim cartões postais para a prática da Pesca de Praia.
Durante praticamente o ano inteiro o litoral brasileiro possui condições favoráveis à Pesca e a Navegação.
Essa matéria tem por objetivo exemplificar com maior riqueza de ilustrações e detalhes, tipos de materiais e acessórios aplicados em nossa Pesca de Arremesso de Terra-firme ou Pesca de Praia.
Existem variações nas categorias e estilos de cada pescador, fazendo com que se adapte aos diversos tipos de material desenvolvido para os objetivos que se quer atingir nesse nosso extenso litoral.


• LICENÇA DE PESCA AMADORA:
O Pescador Amador tem por objetivo sempre respeitar às leis naturais e vigentes nas varias regiões do Brasil, obedecendo as medidas mínimas nas capturas (Portaria do IBAMA No.53/05), com muita consciência no exercício da Pesca de Praia.

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Segue abaixo uma colaboração para os amantes da Pesca de Praia e demais visitantes, sobre alguns materiais utilizados que podem servir como referencia ou sugestão para a prática da modalidade.


MATERIAL:

• Porta Varas e Acessórios:
Sempre é um fator importante nas pescarias a maneira como guardamos e carregamos nossas varas e acessórios, portanto fica a sugestão de transporte em bolsas separadas.
Alem de guardarmos nossas varas no Porta-Varas, o ideal seria se todas tivessem com suas capas, principalmente varas de 2 ou 3 partes, protegidas separadamente, assim evitamos riscos e arranhões causados pelo atrito entre os passadores e os blanks das varas.
Os calões, tubos e guarda-sol devem ser transportados em Bolsas separadas.
Dica: É aconselhável uma leve lubrificação nos zíperes para se evitar corrosão ou ressecamento em caso de plástico.

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• Bolsa de Pesca:
Alem dos Porta Varas e Acessórios, também é muito importante aquela bolsa ou mochila apropriada, geralmente com vários compartimentos e bolsos, escolhidas por cada pescador para levar seus molinetes, panos, capas de chuva e demais itens que fazem parte da pesca de praia.
Não devemos esquecer que a vida útil de nossos materiais depende muito da organização, limpeza e proteção, tanto no transporte como na manutenção após as pescarias.
Dica: Da mesma maneira é aconselhável uma leve lubrificação nos zíperes para se evitar corrosão ou ressecamento em caso de plástico.

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- Sugestão de Material a ser transportado nas bolsas de praia:
Dica: Nunca carregue material sem proteção mesmo dentro das bolsas, pois o atrito ou mesmo uma pancada poderá danificar molinetes e seus espalhadores.

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1-Molinetes em suas capas
2-Porta Anzóis
3-Capas de Chuva
4-Protetores Solar / Repelentes
5-Bonés
6-Panos, esteira, embalagens
7-Alicate Balança


• Caixa de Pesca:
Também é uma particularidade de cada pescador conforme sua necessidade no transporte de acessórios menores, como anzóis, chumbadas, giradores, enfim tudo que utilizamos de forma organizada em seus compartimentos e a disposição para uma eventual troca ou substituição.
Dica: É aconselhável uma leve lubrificação nas partes metálicas das caixas, como dobradiças, parafusos, cupilhas e fechadores.

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Caixa Multibox com 6 bandejas e subdivisões ajustáveis.


- Sugestão de Material a ser transportado nas Caixas de Praia:
Dica: Na medida do possível procure manter a Caixa de Pesca longe da areia, ou bem protegida, evitando assim possíveis incidentes desagradáveis como quedas e corrosão prematura de seu conteúdo.

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1-Carretel com Arranque pronto na medida
2-Iscas Artificiais, Sacador de Anzol2, Bóia Panaguaius, cortador2 
3-Arranque Progressivo SunLine
4-Anzóis e Linha para Panaguaius
5-Acessórios para Secretaria de Praia (usado durante a pesca)
6-Chumbadas Medalhão, Chumbada Prancha (Panaguaius), gota e pirâmide 30g 
7-Chumbadas Diversas
8-Linhas Reserva
9-Trena
10-Arranque Progressivo MS
11-Carretéis Reserva SS2600, Laguna e Mitchell
12-Linha para nó móvel
13-Chumbada Diversas
14-Alicates reserva
15-Acessórios para confecção de Chicotes
16-Anzóis Gamakatsu Bannosode, Isumedina, Kaizu, Nijimasu, etc.
17-Anzóis Chinu 2, 10
18-Anzóis Gamakatsu Hansure, Akita e Sode
19-Linha Flurcarbon
20-Miçangas


• Molinetes:
Por definição é o equipamento que se acopla a vara de pesca com a finalidade de armazenar linhas de diversas bitolas e procedências, sempre formando um conjunto equilibrado e que se adapta a cada tipo de pesca e/ou pescador, sempre em conjunto com as varas de pesca é o equipamento muitas vezes de maior valor e importância na Pesca de Praia.
Em plena evolução, hoje é encontrado de diversas marcas, preços e aplicações conforme a categoria e finalidade de cada pescador.
Devemos na medida do possível balancear nosso conjunto para tiramos o maior rendimento possível em sua aplicação, criando assim a confiança no trabalho da Pesca de Praia.
Dica: Por ser muitas vezes o equipamento de maior valor na PDP, com muitas partes metálicas, sofrendo com a ação direta e constante da maresia, devemos sempre ter cuidados especiais após as pescarias, com uma boa lavagem com produtos neutros, secagem e lubrificação adequada se necessário.
Coloquei alguns exemplos de molinetes de diversos tipos e valores, começando por modelos:

Surfcasting Tops de Linha: 
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Surfcasting Tradicionais: 
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Alguns Modelos para Média e Curta Distancia: 
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• Varas:
É o equipamento básico para Pesca de Praia devendo ser a princípio estudado em suas diversas categorias e aplicações.

Como já foi dito deve formar um conjunto balanceado com o molinete para a melhor adaptação tanto do pescador quanto a modalidade que se pretende praticar.
Também em plena evolução, podemos encontrar varas de pesca, telescópicas ou de 2 ou 3 partes, para todas as finalidades, marcas, preços e principalmente de diversos tipos de material, como a fibra, o carbono, já se falando até do Kevlar para a nova geração.
Dica: Por ser muitas vezes o equipamento de maior valor na PDP, também sofrendo com a ação direta e constante da maresia devemos sempre ter cuidados especiais após as pescarias, com uma boa limpeza e secagem, principalmente nas partes metálicas, como passadores e prendedores.
Coloquei alguns exemplos de varas, começando por modelos:

Surfcasting Tops de Linha: 
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Surfcasting Tops de Linha:
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Surfcasting Tradicionais:
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Surfcasting Tradicionais e algumas telescópicas: 
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• Porta Anzóis:
Quem gosta de dar aquele nó nos anzóis de pata em plena praia, principalmente na hora que bate o cardume ou estamos a todo vapor na praia, pensando nisso e também na rapidez e facilidade nas trocas de anzóis podemos utilizar mais esse acessório para a Pesca de Praia, principalmente nos torneios de pesca, pois o tempo nas trocas e manuseio da tralha é um fator muito importante.
Dica: Manusear somente o anzol que será utilizado para substituição para que os demais não tenham contato com a maresia ou os dedos com sal, etc. 

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1-Tubo de PVC 800mm x dia.4”.
2-Tampa 
3-Tubo de PVC 700mm x dia.1 ½” (recortes na base – fita adesiva proteção)
4-Snap grande fixador da tampa
5-Anzóis Rígidos (Nijimassu, Maruseigo, Chinu)
6-Anzóis Hansure
7-Anzóis Menores (Akita, Sode, Hansure 4, etc.) 
8-Números e Marcações


• Calões de Praia:
Como tudo na pesca de praia, não seria diferente a evolução das antigas esperas de PVC lisas e muitas vezes até sem o parafuso limitador de profundidade, quando colocávamos a vara ela descia até o pé do molinete, sendo que os mais antigos chegavam até a fincar a própria vara na areia ou ficar com ela na mão, isso na época dos varões de bambu ou varas de fibra de vidro maciça.
Vejam a importância desse item e sua evolução, hoje em dia já existem calões totalmente de alumínio, alguns acoplados as bandejas, outros separados com acabamento de primeira e proteções de borracha em suas bordas para não danificar os blanks das varas.
Dica: Lavar pelo menos com água doce após as pescarias e lubrificar partes sensíveis a maresia.

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1-Guarnição de borracha
2-Tubo de PVC 300mm x dia.2”.
3-Perfil de Alumínio 1 x 1 x 1/8”
4-Ponteira Chanfrada 45graus
5-Tubo de PVC Marrom 400mm x dia.2”, parede grossa (reposição)
6-Perfil de Alumínio 1 ½” x 1 ½” x 1/8”


• Secretária de Praia:
Qual pescador que não gosta de ter sua própria “Secretaria” para auxiliar com os acessórios durante a pescaria.
Como os demais acessórios a Secretaria de Praia se tornou um item muito importante nas pescarias.
Existem hoje em dia inúmera versões, algumas compradas, outras adaptadas, chegando à riqueza de detalhes muitas vezes feitos de maneira artesanal para se adaptar a necessidade de cada pescador.
Segue um exemplo de Secretaria que utilizo nas pescarias de praia.
Dica: Por ser de fórmica, com dobradiças e parafusos de inox, pode ser lavada a vontade e sua durabilidade é muito boa.

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1-Bandeja Articulada em Fórmica Branca 300 x 200mm
2-Tubo de PVC Marrom 1,30m x dia. 2” 
3-Luva PVC Rosca ext. / cola – dia. 2”
4-Flange PVC rosca int. 2”
5-Dobradiça de Aço Inox
6-Espuma de Proteção
7-Arame de inox (pendurar chicotes)


- Sugestão de Itens para utilização na Secretaria de Praia durante a pescaria:

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1-Área para iscas/ preparação (Espuma absorvente)
2-Gabarito 20 cm 
3-Alicate de Bico (Inox)
4-Tesouras (2)
5-Miçangas (fixação de pernadas)
6-Chumbadas Reserva (3 tipos)
7-Faca
8-Recipiente Sal Grosso
9-Sacador de Anzol
10-Cortador
11-Bóia de Panaguaiú
12-Elastricot (2)
Obs.: Pano, Trena, Alicate Balança 


• Caixas Térmicas para alimentos e bebidas:
Existem no mercado diversos tipos de caixas de isopor como também caixas térmicas de diversas capacidades, após algum tempo usando as famosas caixas de isopor resolvi comprar as térmicas, por serem mais resistentes, enquanto que as de isopor são muito mais sensíveis a quebras, cheiro e furos causados até pelas barbatanas de camarões e pescados.
Dica: Após a pesca, lavar, secar e guardar as Caixas sem tampas para não absorverem odores.
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• Caixas Térmicas e recipientes para iscas:
São caixas térmicas com menores capacidades para acondicionar recipientes de alumínio com iscas variadas.
É aconselhável que os recipientes sejam de alumínio, pois são mais apropriados a transferência de temperatura, não é recomendado deixar as iscas entrarem em contato com o gelo ou a água proveniente do descongelamento, pelo fato de que pode ser água clorada, etc.
Ultimamente estou adotando o uso de pequenos saches de gelo em gel, pois são reutilizáveis e pela sua especificação conseguem manter mais tempo a temperatura adequada e não produzem água.
Dica: Após a pesca, lavar, secar e guardar as Caixas sem tampas para não absorverem odores.
- Para maior eficiência os saches de gelo em gel deverão retornar para o freezer e não geladeira.
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1-Caixa Térmica 9L
2-Caixa Térmica 6L
3-Recipientes de Alumínio para Isca (Marmitas)
4-Saches de Gelo em Gel
5-Caixa Térmica 9L com Iscas e Gelo em gel (Montada) 
6-Caixa Térmica 6L com Iscas e Gelo em gel (Montada)


• Balde:
Geralmente tem a capacidade de 20L, é um acessório meio desajeitado para se carregar, mas atualmente alguns modelos já são desenvolvidos de lona para melhorar no transporte.
Item opcional para a conservação das peças capturadas o mais tempo possível in natura, ou mesmo as que serão devolvidas, na pratica do Pesque e Solte, após a recuperação do stress do peixe.
Recomendo o uso de Baldes com alça plástica, inox ou galvanizada, com tampa, pois a corrosão age rapidamente nas alças metálicas, enquanto que a tampa ajuda a manter os peixes no balde, pois betaras, pampos, panaguaius e outros costumam saltar do balde para areia e muitas vezes não percebemos.
Dica: Após a pesca, lavar, secar e guardar o Balde sem tampa para não absorver odores.
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• Considerações Finais:
Espero ter colaborado com todos pescadores, experientes ou iniciantes, que precisam ter um material de consulta para inicialização, referencia ou check list na Pesca de Praia.
Mais uma vez agradeço pela oportunidade de dividir com todos os aprendizados dessa grande Escola chamada Pesca de Praia.



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Jose Roberto Leite C a r r a s c o
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Como achar a espinha de uma vara de pesca.

Certa vez observei em uma pescaria de praia com fortes correntes laterais, que uma vara de carbono da marca X apoiada verticalmente na espera constituída de um tubo cilíndrico, insistia em virar para o lado, deixando os passadores e o molinete conseqüentemente virados também.
Esta vara submetida à tensão se curvava e rolava sobre seu eixo para o lado direto num angulo aproximado de 60° em relação à linha da água.
Era uma situação no mínimo incomoda, pois outra vara de carbono da marca Y usada nas mesmas condições ficava estável, ao se curvar para a frente. Não girava sobre seu eixo, mantendo os passadores e molinete alinhados e apontando para a frente. 
Percebi que a vara X sempre que se curvava respondendo a um esforço, tinha uma tendência natural à torção. Evidentemente a torção deveria estar ocorrendo não só quando se curvava para a frente, mas também quando se curvava para trás, durante o arremesso.
Um determinado dia em uma pescaria pesada, usando a mesma vara X mas desta vez com carretilha, tive oportunidade de lutar com um peixe de respeito e pude sentir o desconforto de se usar uma vara com tendência à torção. A cada puxada violenta o terceiro estágio se torcia e sentia o blank como querendo girar na minha mão. Essa vara por ser muito forte tem resistido às torções, mas sei que está ocorrendo uma fadiga no material que logo cobrará seu preço..... 
Tenho como outro exemplo, uma vara de carbono mais fraca, leve e flexível da marca Z que apresentava um grave problema de torção, mas continuei a usá-la por um bom tempo aceitando-a como foi concebida..... 
Ela acabou se quebrando num arremesso mais forçado mas dentro do seu casting médio.
A quebra ocorreu logo após o encaixe do terceiro estágio (haste mais fina de uma vara de três partes).
Depois de analisar a situação, conclui que a vara se quebrou devido a fadiga causada pela torção. Micro rachaduras começam a ocorrer na resina epóxi que cimenta as fibras de carbono, com o tempo elas se propagam enfraquecendo a região afetada.

Na foto abaixo, se observa a fratura da vara Z. Notem que a fratura não ocorreu em angulo de 90° e sim de forma caótica e longitudinal, fragmentando toda a região. Ao meu ver uma típica quebra por torção.

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Estou longe de querer escrever um tratado sobre quebra de varas, mesmo porque é um assunto complexo. Cada vara tem seu histórico e pequenos acidentes sofridos pela vara no dia a dia, podem uma vez somados favorecer a quebra "inexplicável" da vara em um arremesso leve.
Meu objetivo ao escrever este tópico, é tão somente mostrar porque algumas varas tubulares torcem e quais as consequências. Estamos nos referindo exclusivamente às varas concebidas pelo processo de enrolamento da manta de carbono pré cortada e impregnada com resina em um mandril metálico no tamanho e formato final de cada parte ou estágio da vara.
Se a vara X de marca Y apresenta torções, não significa na prática que todas as varas X, desta marca estão com o problema. Mas o controle de qualidade das varas feitas em série, aos montões, podem eventualmente estar negligenciando a questão da chamada espinha da vara e sua relação com o posicionamento dos passadores e por conseguinte do próprio reel seat.


ESPINHA DA VARA

Toda vara fabricada pelo processo de enrolamento da manta impregnada com resina em um mandril metálico terá um lado mais grosso e portanto mais duro, conseqüência da inevitável sobreposição da camada de manta no final do enrolamento. Este lado é conhecido como espinha da vara.
No entanto, nem sempre a espinha tem uma dimensão uniformemente distribuída ao longo do comprimento de cada segmento da vara. Dependendo do corte da manta, a sobreposição poderá ser maior ou menor em certas partes da vara.

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Acumulo de resina durante o processo, escorrimento interno, etc ... em menor grau podem influenciar na dureza localizada da vara, portanto para se fabricar uma vara equilibrada, o ideal seria falarmos de ESPINHA EFETIVAque seria a média de todas as forças que estão contribuindo para que um lado da vara fique mais duro.
A espinha efetiva pode ser encontrada através de vários métodos.
Podemos usar equipamentos chamados de SPINE FINDERS, que são usados inclusive nas montagens de tacos de carbono para golf.
Nos spine finders de tubo, basta colocar a parte mais grossa da haste dentro do tubo e aplicar uma carga forçando a ponteira para baixo, simulando uma puxada. A espinha da vara automaticamente pulará para cima, fazendo a haste girar no sentido inverso à carga aplicada.

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Podemos usar um método mais simples e igualmente eficaz para se achar a espinha efetiva da vara, baseado na rolagem da haste sobre uma superfície lisa. 
Descrevo abaixo o procedimento.

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Em varas de Surf Casting, este método é aplicável para se determinar a espinha principalmente do terceiro estágio da vara ( tubular mais fino e flexível ) e eventualmente do segundo estágio, desde que o tubular da mesma tenha suficiente flexibilidade. Em hastes muito rígidas, a coisa se complica ..... 
Os equipamentos chamados de Spine Finders podem ajudar nesta tarefa. 
O vídeo abaixo mostra um Spine Finder em ação e embora se refira à espinha da haste de carbono de tacos de golfe, por analogia pode ser aplicado perfeitamente aos blanks das varas tubulares de pesca, que também são construídas com mantas de carbono e resina moldadas em mandril. 

http://www.youtube.com/watch?v=DqlRIiz_OLE&feature=player_detailpage



Para se evitar que a vara torça quando submetida à uma força, recomendamos que os passadores sejam alinhados tendo por base as explicações abaixo.

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Nos molinetes, os passadores são instalados no lado inverso da espinha e nas carretilhas os passadores são instalados sobre a espinha.
Na prática, respeitadas estas configurações, os arremessos e recolhimentos com molinetes e carretilhas acabam usando sempre o lado certo da vara. Em outras palavras carretilhas e molinetes usariam o lado mais duro da vara para o arremesso e o lado mais flexível para o recolhimento e luta com o peixe.
Existem algumas montagens especiais, na qual os passadores são instalados com um determinado ângulo em relação ao eixo da espinha da vara. Algumas teorias afirmam que este procedimento favorece certos tipos específicos de arremesso ..... eu não gostaria de entrar no mérito da questão, mesmo porque não tenho conhecimento para tanto! 
Prefiro ficar dentro do contexto apresentado.

Equilíbrio e balanceamento de uma vara de alto desempenho.

Uma vara bem equilibrada e balanceada, não torce e portanto não bamboleia no estágio final do arremesso. Depois do disparo, quando a vara já liberou a energia acumulada, ela deve voltar à sua posição de descanso horizontal após um ligeiro trabalho para cima e para baixo dentro do eixo 0 - 180°.
Quanto mais rápida for a vara, mais rápido será o retorno à posição original.
Quanto mais lenta a ação da vara, mais fácil será a observação do comportamento desequilibrado da vara cuja espinha não tenha sido considerada na montagem.
Abaixo procuramos demonstrar isso através do diagrama:

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Uma vara com o movimento de bamboleio, conforme explicado e mostrado na foto superior tem grandes chances de causar um enrosco na linha do arranque com a ponteira e com os passadores perto da ponteira.
O resultado pode ser a ruptura da haste. Com arranques de multifilamento, não são raros os casos da haste ser decepada. 



Os tacos de golfe, são feitos de carbono e muita atenção tem sido dada ao equilíbrio.
Os torneios de golfe são milionários e portanto muita tecnologia tem sido aplicada na construção das hastes. Se fala e se estuda o assunto da espinha de maneira séria.
Gostaria de mostrar alguns vídeos que tratam do assunto do equilíbrio, mostrando a movimentação das hastes de carbono dos tacos de golfe em várias situações.
Os conceitos destes vídeos podem e devem ser aplicados às varas de pesca.

http://www.youtube.com/watch?v=oncXSFLR5RE&feature=player_detailpage#t=0s

http://www.youtube.com/watch?v=oLFnLT0dZcg&feature=player_detailpage

http://www.youtube.com/watch?v=aNvi1kdo4Wg&feature=player_detailpage


Em varas de pesca infelizmente, nem sempre estes conceitos são aplicados.
Pescadores mais técnicos e observadores, que procuram tirar o melhor proveito de seu equipamento com certeza já vivenciaram o desprazer de usarem uma vara desequilibrada. Outros mais preocupados com a pesca em si e menos observadores, provavelmente nunca se aperceberam de tais fatos.

Espero que estas informações sejam úteis não só para aqueles que precisam reformar ou dar um up em uma vara de pesca, mas também que sirvam de orientação na escolha e compra de uma nova vara de pesca. Testes simples podem ser feitos na loja, para se verificar o equilíbrio e o balanceamento de nossas futuras aquisições.

Autor: glbarth  - pesca de praia brasil

sábado, 19 de abril de 2014

Categorias de Pesca de Praia.

"A exemplo de todo principiante em qualquer atividade, quem se inicia no surfcasting (pesca de arremesso de beira de praia) deve começar do começo, assimilando os princípios da coisa. Pode-se dizer que as condições básicas para uma boa pescaria compreendem local propício, o tempo favorável, o equipamento adequado, a isca apropriada e o jeito certo. Desses requisitos, só mesmo o tempo é imponderável, algo que está fora de nosso controle. Os outros fatores constituem, por assim dizer, os macetes da pesca". Parágrafo extraído do livro Noções Gerais da Pesca de Arremesso, escrito por Sílvio Fukumoto. 
Pensando nestas palavras, resolvemos escrever esta matéria sobre pesca de praia, lembrando ao leitor que a divisão da pesca de praia em categorias é uma forma de apresentar o assunto da maneira mais didática possível.
A pesca de praia, pode ser considerada uma das modalidades de pesca mais praticada em nosso país. Praias de mar aberto batidas por ondas, praias de tombo com sua rebentação característica e praias de enseadas calmas, constituem um vasto litoral de cerca de 8000 Km do Oiapoque ao Chuí. 






Na pesca de praia, se pratica a pesca de arremesso, onde a distância dos lançamentos na modalidade pesca de fundo por exemplo, pode chegar a algo entre 100 - 130 m ou mais ... se as condições do vento em relação à força e direção forem propicias e estivermos usando equipamentos adequados e bem configurados. 
Para alcançarmos melhores marcas, é preciso muito treino e dedicação do pescador na aplicação correta das técnicas de arremesso ..... lançamento de chicotes iscados a mais de 150 m não são incomuns, mas certamento é façanha para poucos.
Arremessos longos são importantes em certas situações, no entanto, nem sempre é preciso ou necessário pois o peixe pode estar comendo a poucas dezenas de metros da beira da praia, em um buraco, lagamar ou canal.
Se saber arremessar é importante, talvez mais importante ainda, seja descobrir onde o peixe está se alimentando para lá lançarmos nossas iscas.


Categorias de Pesca


Antes da apresentação desta matéria, gostaríamos de salientar que as configurações e sugestões dadas são fruto de nossa experiência na Pesca de Praia e visam obter o máximo de esportividade na pratica do esporte. No entanto gostaríamos de enfatizar, que não há regras absolutas .... ajustes e adequações podem ser feitas à critério do pescador. 

Pesca de beira:


Utilizam-se equipamentos leves e sensíveis, porque normalmente a pesca é praticada com a vara na mão, sem suportes ou esperas fincadas na areia. É uma pesca bem dinâmica que visa pequenos peixes localizados na espuminha ou logo no primeiro canal das praias rasas. 

Os peixes mais encontrados estão na faixa de 100 gramas, para mais ou para menos, tais como betaras ou papa-terra, corvinotas, roncadores, paratís-barbudos, guaiviras, cangoás, savelhas, pescadinhas, galhudos, caratingas, corcorocas, carapicus, cavalinhas, carapaus, pampinhos, bagres e etc.
Às vezes um peixe maior pode surpreender o pescador, que deverá então dominá-lo usando a flexibilidade da vara e os recursos da fricção do molinete que foi regulado previamente para evitar o rompimento da linha. A vara deverá ser trabalhada com calma amortecendo os embates do peixe até que ele se entregue, ficando finalmente encalhado na areia. Não use o molinete como um guincho.

- Molinetes: pequenos e leves com carretéis de diâmetro externo de boca entre 3,0 e 4,0 cm. 

Varas: de 2,00 m a 3,00 m, telescópicas ou de encaixe, construídas com fibra de carbono leve e sensível, de ação média a média-rápida. Casting weight entre 20 e 60 gramas.
- Linhas: nylon de qualidade nas bitolas 0,15 mm - 0,18 mm e para determinadas situações multifilamento para 6 - 8 lb ou menos.
arranque: na ponta da linha-mestra recomenda-se emendar uma linha de arranque 0,25 a 0,30 mm de cerca de 5 a 6 metros. 
Anzóis: bem pequenos, tipo Maruseigo 12, 14 e 16, ou outros como Akita Kitsune, Sodê, Hansurê, etc ..
Chumbadas: pirâmide comum, triângulo ou pirâmide côncava, pião, carambola entre 20 e 40g. A escolha do modelo e peso depende das correntes de maré.
Chicotes: confeccionados com linha 0,40 mm, com duas ou três pernadas de 20 a 30 cm feitas com nylon 0,30 mm ou de preferência flúor carbono. Podem-se usar pequenos rotores de engate rápido, engate fixo ou rotores-miçangas.
-Iscas: pedacinhos de camarão descascado, sernambi, vôngole, marisco (mexilhão), minhoca da praia (poliqueta), pedacinhos de sardinha ou manjuba, etc.


Pesca de meia-água


Utilizam-se equipamentos convencionais de tamanho médio nesta categoria de pesca, uma vez que não são necessários arremessos de grande distância, pois se pesca na faixa de 50 a 70 m.

O objetivo seria alcançar pelo menos o segundo canal das praias rasas ou se pescar em praias de tombo. Nada impede que sejam utilizados os mesmos equipamentos sugeridos para a pesca de fundo, embora sejam um pouco mais pesados.
Os peixes mais visados são os de tamanho médio entre 1 e 2 kg, variando para menos ou muito mais, dentro de uma faixa ampla sem limites definidos. Exemplos: betaras graúdas, corvinas, caçonetes, bagres, arraias, bagres cabeçudos, enchovas, robalos, ubaranas, pampos, parus, pescadas, xareletes, etc. Após o lançamento, o ideal é colocar a vara no suporte e esperar a fisgada.

Molinetes: médios e leves com carretéis de diâmetro externo de boca entre 5 e 6 cm. 

Varas: de 3,60 m a 4,00 m, telescópicas ou de encaixe, construídas em fibra de carbono. De preferência leves, com boa sensibilidade e ação rápida. Casting weight entre 80 e 200 gramas. 
Linhas: nylon de qualidade nas bitolas 0,18 mm - 0,25 mm e para determinadas situações multifilamento de 8 - 10 lb. Recomenda-se usar pelo menos 200m de linha mestre, com uma cama de linha um pouco mais grossa e barata por baixo da linha mestre. 
Os carretéis devem estar cheios de tal forma, que a linha não ultrapasse o ponto onde começa a curvatura da borda do flange interno da saída dos mesmos. 
Certos tipos de carretéis, são tão rasos que o artifício de se usar cama de linha não poderá ser aplicado, estes modelos são mais usados em competições.
Arranque: na ponta da linha-mestra deve-se emendar um arranque de pelo menos 6 m de linha de nylon 0,45 a 0,50 mm ou de preferência um arranque progressivo de nylon 0,20 a 0,52 mm. Pode-se utilizar para a união da linha mestra com o arranque a solda ou nós do tipo nó de sangue ou nó único. Maiores explicações sobre arranques, podem ser encontradas no item que descrevemos a pesca de fundo.
Anzóis: Maruseigo 14, 16, 18 , 20 e outros como Akita Kitsune, Sodê, Hansurê, etc .. 
Chumbadas: pirâmide comum de quatro faces, pirâmide côncava, pião, carambola, bala com haste, etc,  com peso entre 80 e 120g. A escolha do modelo e peso depende das condições do mar.
Chicotes: confeccionados com linha 0,45 - 0,50 mm, dependendo da bitola do arranque. Recomenda-se uma ou duas pernadas de 30 a 60 cm, para menos ou para mais dependendo das condições do mar. 
As pernadas podem ser feitas com linha de nylon 0,40 - 0,50 mm ou ainda linha de flúor carbono que apresenta características interessantes como: maior resistência à abrasão, maior invisibilidade sob a água e por ser mais dura, deixa as pernadas mais armadas. Basta dar alguns estirões na linha de flúor carbono e ela fica reta, sem os indesejáveis espirais que facilitam embolamentos.
As pernadas podem eventualmente ser encastoadas com fio de aço trançado de 40 a 80 libras, caso nos defrontemos com cardumes de baicús, enchovas ou outra espécie com dentes.
Podemos usar rotores de engate rápido, engate fixo, giradores e rotores-miçangas.
Iscas: camarão, manjuba, filé de sardinha ou parati, cernambi, tatuí, carangueijinho das pedras, mariscos e o corrupto.

Pesca de fundo:


Utilizam-se equipamentos apropriados para arremessos de longa distância, muitas vezes acima dos 100m de distância, não sendo raro se buscar o peixe além do terceiro canal a 130-140 m de distância. São equipamentos que funcionam bem em qualquer tipo de praia e situação.

Além dos peixes de menor porte, o pescador tem chances de pescar peixes de maior porte, como arraias, cações, enchovas, robalos, prejerebas, sernambiquaras, violas, xaréus, grandes pescadas e etc... não sendo raro capturas de exemplares maiores que 10 kg.
Se isto acontecer, o sucesso da captura dependerá da habilidade do pescador, calma e paciência são fundamentais pois embora os equipamentos sejam fortes, estamos usando anzóis pequenos e linhas relativamente finas para se alcançar maiores distâncias, sendo o elo mais fraco justamente os nós, em especial o nó de arranque.
A fricção do molinete deve estar previamente regulada e a vara deve ser trabalhada lentamente. Para cima puxando o peixe e para baixo recuperando a linha com auxílio do molinete.
Se o peixe começar a tomar linha, pare de enrolar o molinete e segure a vara em ângulo de +/- 45 graus em relação à água deixando a fricção do molinete e a flexibilidade da vara cumprirem seus papéis, tomando cuidado para que a linha não afrouxe. Se necessário acompanhe o peixe e inicie a recuperação da linha assim que possível, repetir os procedimentos até que o peixe se entregue, encalhando na areia com as ondas trabalhando a seu favor.
Molinetes: tamanho grande, tipo long cast com enrolamento da linha em X. O carretel deve estar cheio até a borda e o enrolamento da linha ser perfeito e paralelo, tudo para ajudar a se conseguir uma boa distância de arremesso. 
- Varas: de 3,90 m a 4,50 m com dois ou três encaixes, construídas preferencialmente em fibra de carbono. Robustas mas com certa sensibilidade, de ação rápida ou de preferência extra rápida e casting weight entre 100 e 250 gramas.
Linhas: nylon de qualidade nas bitolas 0,20 - 0,30 mm e para determinadas situações multifilamento de 8 - 12 lb. Recomenda-se usar pelo menos 300m de linha mestre, com uma cama de linha um pouco mais fina e  barata por baixo da linha mestre. Os carretéis devem estar cheios de tal forma, que a linha não ultrapasse o ponto onde começa a curvatura da borda do flange interno da saída dos mesmos. Certos tipos de carretéis, são tão rasos que o artifício de se usar cama de linha não poderá ser aplicado, estes modelos são mais usados em competições.
- Arranque: na ponta da linha-mestra é preciso se unir um arranque progressivo de nylon cujo menor diâmetro seja compatível com a bitola da linha mestra. O arranque progressivo sem dúvida é a solução mais prática e moderna, pois é produzido sem emendas. Um dia estiquei um arranque progressivo de 15 m e com um paquímetro explorei a progressão das bitolas como resultado observei que os primeiros 6 m do arranque tinham um diâmetro aproximado de 0,23 mm, seguidos de cerca de 3 m onde efetivamente ocorreu a progressão cônica de 0,23 a 0,57 mm, seguidos de mais ou menos 6 m de linha 0,57 mm. Estes números são aproximados pois não usei um micrômetro.
Exemplificando a utilização do arranque progressivo:
- para linha mestra 0,20 a 0,23 mm, usar um arranque de nylon progressivo de 0,20 a 0,57 ou 0,23 a 0,57 mm. 
- para linha mestra 0,25 mm, usar um progressivo compatível pois não faz sentido usar um que comece com 0,20 mm, pois razões óbvias. Cuidado ao se escolher arranques progressivos de nylon para serem usados com multifilamento, pois a parte mais fina dos arranques costumam ter menos resistência que o próprio multifilamento.
Para se unir a linha mestra de nylon com o arranque progressivo recomendo de preferência a solda, como opção temos os nós de sangue e o nó único.
Outra possibilidade seria o uso de arranque de mais ou menos 7 m de um único pedaço de linha de nylon 0,50 - 0,60 mm, mas se for atado diretamente com nó à linha mestre, baterá em passadores de diâmetro pequeno como os passadores LC montados no sistema low rider e o nó ficará também mais fraco.
A solução mais recomendada neste caso seria o uso da solda, usando-se linhas de bitolas intermediárias. Tomando como exemplo a linha mestre 0,20 mm, entre as inúmeras possibilidades e recomendações, faria uma soldagem com 1 m de linha 0,35 mm, mais uma com 6 m de linha 0,55 mm (total de duas soldas).
Outra opção, soldagem com 1 m de linha 0,30 mm, mais 1 m de linha 0,40 mm, mais 5 m de linha 0,55 mm (total de três soldas)
Alguns pescadores fazem a solda da linha mestra diretamente com o arranque, é uma questão de gosto e adaptação. 
Outra opção que vem ganhando muitos adeptos sería a utilização de arranques de multifilamento, cerca de 6 a 7 metros de multi na bitola 0,25 a 0,27 mm ( de 30 a 40 libras) são suficientes. Estes arranques carregam mais a vara, pois a linha PE quase não tem elasticidade e como consêquencia podem gerar arremessos mais poderosos, mas é preciso cautela antes e durante o arremesso ... atenção às laçadas nos passadores, que podem decepar a ponta do caniço. O uso de dedeiras é fundamental.
Anzóis: Maruseigo 14, 16, 18 ou 20; Yamajin da Owner números 4, 2 ou 1, entre outras marcas renomadas.
- Chumbadas: de 120 a 150 gramas do tipo pirâmide de quatro faces, pirâmide côncava, pião, carambola, pingo de água ou bala com haste , garatéias e etc. A escolha do modelo e peso dependem das condições do mar, dê preferência ao uso de chumbadas o mais aerodinâmicas possíveis.
Chicotes: confeccionado com linha 0,60 mm, dependendo da bitola do arranque. Recomenda-se uma ou duas pernadas de 30 a 60 cm, para menos ou para mais dependendo das condições do mar. As pernadas podem ser feitas com nylon 0,40 - 0,60 mm ou de preferência flúor carbono. 
Podemos usar rotores de engate rápido, engate fixo, giradores e rotores-miçangas. Rotores de engate fixo são mais seguros. Avaliar a necessidade de se usar encastoadores, no caso de incidência de baiacús, enchovas ou outras espécies com dentes. 
Iscas: file de camarão, camarão inteiro, amboré, sardinha (toletes, filés, metades da cabeça ou do rabo), filé de betara, parati ou cavalinha, corrupto, lula, siri, pequenos caranguejos, etc.


Na categoria de pesca de fundo, podemos abrir uma sub categoria especial: Pesca Barra Pesada.


Esta categoria se destina exclusivamente à pesca dos peixes de grande porte. É a pesca do tudo ou do nada, sem meio termo. Ou se pega um bom peixe, quem sabe aquele troféu .... ou não se pega nada, pois os tamanhos dos anzóis e das próprias iscas limitam a fisgada dos pequenos peixes. 

A distância dos arremessos na barra pesada é geralmente importante, mas não mais importante do que o lugar que se está arremessando. Como já dissemos procure os locais mais profundos. 
Como o material é pesado, costuma-se pescar de espera, com o caniço num fincador. É uma pesca de paciência e mais confortável de ser praticada em uma praia de tombo, desembocadura de rios, molhes e costões de pedra.
Os peixes mais visados são: cações, miraguaias, enchovas, robalos, prejerebas, sernambiguaras, violas, xaréus, caranhas, arraias, etc.... 

Molinetes: tamanho grande, tipo long cast com grande capacidade de linha e enrolamento em X.

- Carretilhas: adequadas para surf casting, com grande capacidade de linha. São insuperáveis na briga com grandes peixes devido ao seu poder de tração. Embora um pouco mais complicada de serem usadas em arremessos, as temidas cabeleiras podem ser evitadas ou pelo menos minimizadas com um bom treinamento. Uma vez superadas as dificuldades iniciais, torna-se um equipamento confiável.
- Varas: de 3,90 m a 4,50 m com dois ou três encaixes, construídas preferencialmente em fibra de carbono e montada com passadores largos. Devem ser robustas, de ação extra rápida e casting weight entre 150-300g. 
Linhas: nylon de qualidade com bitola 0,35/0,40 mm. Os carretéis devem estar cheios com pelo menos 300m de linha. Linha de Multifilamento 0,27 - 0,32 mm pode ser recomendável na situação de mar calmo com pouco vento.
arranque: recomenda-se pelo menos uns 10 metros de linha 0,60 a 0,70 mm dependendo do peso da chumbada somado ao peso do chicote mais as iscas. Um arranque um pouco maior pode ser recomendado para dar mais segurança na briga com o peixe quando ele estiver no raso, perto de ser embicheirado ou levado para a areia.
Anzóis: como referência de tamanho, o modelo Yamajin da Owner nº 2/0, 3/0 e 4/0. O importante é que sejam fortes e fisgadores. Avaliar a necessidade de encastoa-los com linha de aço trançado de 60 a 120 lb, devido à possibilidade de ocorrência de cações, baiacus e outras espécies de peixes com dentes.
Chumbadas: 150 gramas ou mais, dependendo das condições do mar. As do tipo garatéia podem ser recomendadas devido ao maior arraste das linhas grossas. 
Chicotes: confeccionados com linha 0,60 - 0,80 mm, dependendo da bitola do arranque. Recomenda-se uma ou duas pernadas de 30 a 60 cm, para menos ou para mais dependendo das condições do mar. As pernadas podem ser feitas com nylon 0,60 - 0,80 mm ou de preferência flúor carbono, que são virtualmente invisíveis de baixo da água e embolam menos. Como rotores, dê preferência a giradores ou ainda giradores triplos de pelo menos 60 lb, devido às possibilidades de se fisgar peixes de porte. Avaliar a necessidade de se usar anzóis encastoados e bait clips adequados.
Iscas: camarão inteiro, amboré, sardinhas (toletes), filés, metade da cabeça ou do rabo, filé de betara, parati ou cavalinha , lula, siri, pequenos caranguejos, dando preferência para iscas frescas e consistentes.


Comentário sobre equipamentos:


Hoje em dia, existem no mercado inúmeras opções de varas e molinetes específicos para Pesca de Praia. Não é preciso comprometer o orçamento familiar para adquiri-los ... o importante é avaliar o custo - benefício em relação ao uso que se fará dos mesmos.

Os modelos Top's são o sonho de consumo de muitos, afinal apresentam máximo desempenho e durabilidade, compatíveis aos altos custos de aquisição ... no entanto, costumo dizer que estes equipamentos podem garantir mais conforto e prazer na pesca, mas não garantem o sucesso da pescaria.

Exemplos de varas e molinetes Top de linha para pesca de fundo:

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Fotos cedidas pelo nosso colega Carrasco.


Matéria extraída do forum Pesca de Praia Brasil e publicada no " Conversa de Pesca" pelo próprio autor.



Glbarth